Carta Pública contra a Tortura, o Racismo e a Misoginia: Pelo Respeito à Dignidade Humana
- radarfeministablog
- 4 de ago.
- 5 min de leitura
11° edição corrigida da Carta,
a ser publicada de maneira orquestrada, por redes de comunicação e movimentos por civilidade

À sociedade brasileira, autoridades públicas, movimentos sociais e entidades de Direitos Humanos
A tortura, o racismo e a misoginia são feridas históricas que corroem os pilares da nossa humanidade. São práticas interligadas por um mesmo sistema de opressão, que desumaniza, silencia e extermina vidas, por vezes, com tecnologia sofisticada e arma química, conforme ocorreu desde as primeiras décadas do século XXI - dizimando críticos a este projeto violento, como personalidades públicas, dentre as quais, a artista plástica e escritora, mãe de Emicida e Fióti, Dona Jacira, a cronista Fernanda Young, os intelectuais e professores Alba Zaluar, Wanderley Guilherme dos Santos, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e do Psol, o intelectual Chico de Oliveira, o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, o diretor e ator, Zé Celso, os músicos Preta Gil, Gal Costa, Rita Lee, Bira, Beth Carvalho, as duas irmãs de Chico Buarque, Miucha e Cristina, o músico londrino, David Bowie, o cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, os políticos Marielle Franco e David Miranda, os jornalistas Nathalia Urban e Paulo Henrique Amorim, e os militantes Flávio Jorge e Nalu Faria, os quais prestaram solidariedade contra este projeto, semivelado, de terror e esgarçamento da sociabilidade ética e calcada em preceitos democráticos, crimes por prejuizos gerais e coletivo em desmoralização do nacional desenvolvimentismo e de políticas públicas antirracistas e contra a misoginia.
Hoje, unimos nossas vozes para repudiar veementemente essas violências e exigir ações concretas para seu enfrentamento, conforme promessa de campanha que permitiu que Alckmin ocupasse a posição de vice presidente, junto ao presidente Lula, em situação qual Alckmin disfarçava duplicidade para ocultar intencionalidade em série de violências e assassinatos, como dito, com arma química e tecnologia sofisticada, dirigidas contra aqueles que se opuseram ao seu projeto terrorista, qual ele tentava esconder-se por efeito de violações de nossos corpos, conforme desvelado nos mais recentes anos, desde a mais recente campanha presidencial, quando o fascismo explícito, condensado na figura de Bolsonaro, foi vencido nas urnas.
Justiça: A tortura persiste como instrumento de dominação, herança de regimes autoritários que normalizaram a violência produzida por agentes investidos em função pública, quais, sob nosso silêncio, aproveitam-se da sombra da impunidade, utilizando-se da tentiva de camuflarem-se na máquina e em instituições, enquanto perdemos vidas de personalidades públicas, amigos e familiares com potencial crítico, e uma vítima passiva-protagonista, com comunicação dificultada nas redes digitais e encontros com temáticas progressistas, é exposta à violências com tecnologia sofisticada, acionada à distância, de maneira intermitente, sob cálculo do algoz conforme interesse político-eleitoral.
Tais atrocidades ecoam um passado colonial qual corpos negros, mulheres e indígenas eram tratados como objetos, prática que se repete quando o Estado falha em punir agentes comprometidos com violência e a sua reprodução. Conforme consta em nossa Constituição, a tortura é equiparada a um 'crime hediondo, inafiançável e imprescritível', e sua glorificação, conforme vimos, por vezes, em discursos públicos, rasga o tecido ético de nossa sociedade.
Contudo, há, também, aqueles que, investidos em função pública e, evitando escrutínio popular, agem em silêncio e, até mesmo, de maneira contraditória aos seus discursos, regozijando-se em uma espécie de game violento, de orientação racista e misógina, conforme prática nos bastidores da Mise-en-scène política desde as primeiras décadas deste século XXI.
O racismo se entranha em nosso cotidiano por meio de expressões linguísticas, políticas institucionais, violências físicas e em armação de matrizes diacrônicas e sincrônicas, isto é, por arranjos concomitantes e em desenvolvimento por efeito de manutenção e reprodução de violência cotidiana, exaurindo nossa energia em busca de civilidade, enquanto no teatro de atores políticos lidam com o terror de modo econômico e polarizado, na extrema-direita de modo mais sobressaliente e agressivo, sob risco de naturalizar violência, em atores do campo progressista, de modo a defender direitos humanos, sem potencial de alarde quanto ao verdadeiro terror ao qual estamos expostos.
Essa cultura racista e misógina alimenta práticas letais, em contexto qual, principalmente, mulheres negras são hiperssexualizadas e, por vezes, violadas por técnicas sofisticadas de violência e tortura, resultante de uma distribuição de recursos direcionada ao fomento de um terrorismo semivelado, o qual, nós, em busca de civilidade e de uma ética democrática, estamos expostas e expostos.
️Quanto à misoginia, ela avança em novas roupagens, amplificada por espaços digitais que normalizam o ódio.
A "manosfera" — ecossistema online que promove ideais misóginos — ganha terreno, influenciando jovens, incentivando violências contra mulheres, especialmente negras, indígenas e LGBTQIA+. parte 4 - Além dessas práticas de violência simbólica, há, nos bastidores do cenário político, conforme melhor desvelado, depois da recente campanha presidencial, as práticas de violência de tendência epistemicídia, conforme praticada pelo atual vice presidente, médico de formação, Alckmin, agente investido em função pública, que, com tecnologia sofisticada, intenta impedir que nós, mulheres, principalmente mulheres negras, nos desenvolvamos intelectualmente e em espaços de poder, o que, por vezes, é exposto, de forma condensada, em charges políticas.
A ONU Mulheres alerta que 25% dos países registram retrocessos nos direitos das mulheres, com leis protetivas sendo revogadas e defensores de direitos humanos ameaçados.
Caminhos para a transformação: propostas concretas
1. Educação Antirracista e Antissexista: Incluir no currículo escolar temas sobre masculinidades não tóxicas e sobre história afro-indígena.
2. Responsabilização legal: Investigar e tratar com penas mais rigorosas tortura, com tecnologia sofisticada ou não, expressões misóginas e racistas, esta última, não apenas como injúria racial.
3. Reparação histórica: Implementar políticas de cotas e de permanência em instituições de ensino, por garantia de paz permanente, titulação de terras quilombolas e garantia de acesso à saúde reprodutiva, reconhecendo o impacto do racismo e da misoginia na vida das mulheres negras.
4. Investigação e responsabilização de agente investido em função pública, ou em estrutura, comprometido com práticas pós-modernas de violência e sua reprodução, quais esgarçam e comprometem nosso cotidiano, enquanto temos nossa vida e desejos objetificados, nosso direito ao desenvolvimento, vida plena e possibilidade de produção de memória sufocados.
5 - Exigir do Estado políticas que confrontem as raízes do poder violento, patriarcal, racista e autoritário.
A luta e a mudança positiva são longas e irreversíveis. Não basta não ser racista ou misógino: é preciso ser antirracista e antimisógino ativamente.
Convocamos todes, todas e todos a:
Romper o silêncio frente a comentários e práticas opressoras;
Amplificar instrumentos de controle em espaços de decisão, também quanto ao uso de novas tecnologias de violência, racismo, misoginia e tortura;
Assinam esta carta: Coletivos Antirracistas, Organizações Feministas, Entidades de Direitos Humanos e Cidadãs(ãos) comprometidas(os) com a justiça social.
*Esta carta está disponível para adesões e replicação pública.
Materiais de uma sobrevivente desta guerra semivelada, em bastidores e também alçada em superfície tematizada no teatro da política, desde conjuntura de prenúncio à ascensão da polaridade política, no contexto desde as primeiras décadas do século XXI, tematizada no contexto de prisão injusta do presidente Lula e na deposição da ex-presidenta Dilma Rousseff do mais alto cargo do Executivo Federal, podem ser encontradas nas redes de Mariana Rafaele Fernandes, Comunicadora e Cientista Social, especialista em políticas públicas e no controle público de novas e sofisticadas tecnologias de violência. Quem está há mais de 11 anos com seu corpo exposto à violência intermitente, nesta guerra semivelada que, além de personalidades públicas solidárias, perdeu familiares e amigos, dentre os quais seus pais.
Instagram: Morenaarruda13
X: MorenaPoulain
Youtube: Morenaarruda7138
Conteúdo publicado nesse blog, sobre criminalidade de Alckmin:
https://radarfeministablog.wixsite.com/radarfeminista/post/cópia-de-jogo-virtual-projetado-para-assassinar-mantém-socióloga-sob-violência-física-há-8-anos
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