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Governo Dória nega diálogo e contribui para assassinato violento de minha mãe

  • radarfeministablog
  • 12 de nov. de 2021
  • 8 min de leitura

Governo do Estado de São Paulo, administrado pelo PSDB e Governo Bolsonaro se alinham na sustentação do fascismo, instrumentalizando serviço público de saúde para assassinar, a partir de epistemicídio e por dispositivos com efeitos misóginos, racistas e antipetistas



Em outra publicação aqui nesse blog, narrei um processo que ocorre desde 2014, quando o prenúncio do golpe de 2016 começava a se manifestar. Nesse período, afastada do mestrado em Sociologia, estudei em algumas escolas públicas do Estado de São Paulo, vivenciando uma série de situações de violência, primeiro simbólicas e, depois, físicas.





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No curso de minhas vivências nessas escolas, primeiro na SP Escola de Teatro, depois na ETEC Dra. Maria Augusta Saraiva, vivenciei, como ainda vivo, uma série de violências de ordem racista, por discriminação contra religiões de matriz afrorreligiosa, misoginia e por orientação político-ideológica.


Essas violências ocorrem a partir de instituições públicas de ensino de São Paulo, administradas pelo PSDB, partido que promove políticas de ordem neoliberal. Embora produzam artes para documentar esses processos de violência, como podemos ver acima, e em algumas artes abaixo, é importante dizer que são coniventes com a reprodução da violência, em aliança com interesses imperialistas, atuando de modo a desviarem recursos públicos e a promover opressão.


Essa arte abaixo foi produzida por outro espaço de teatro, porém, se entrelaça, em seus elementos visuais, com o processo desenvolvido a partir da SP Escola de Teatro, na esteira do prenúncio do golpe de 2014.


À época que estudei nessa escola, em 2014, propus uma dramaturgia que dialogasse com o potencial político dos arquétipos de religião de matriz afro-religiosa. Ao passo que, nas redes digitais, militava em favor da campanha de reeleição à presidência da candidata do Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff.


Nesse momento, vivenciei situações de violência simbólica, antecedentes do processo de violência física que viria a passar8



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Essa arte e vídeo, abaixo, documentam uma resposta à política segregacionista e violenta que vem sendo praticada e promovida por interesses alinhados ao imperialismo, com aliança e subserviência do nosso sistema de ensino público e outros serviços à inteligência da CIA. Serviços esses que, neste momento, encontram-se sob administração de João Dória do PSDB São Paulo, e Bolsonaro no governo federal.





No curso desses eventos que se sucedem desde o prenúncio do golpe de 2014 até os dias de hoje, fui informada, tendo publicado isso, por várias vezes no Facebook, que minha mãe seria assassinada.


Já em uma publicação de uma dramaturgia no Facebook, à época que estudava na SP Escola de Teatro, informaram que a deixariam extremamente doente, acamada. Ou, mesmo, a matariam, a depender de como eu narrasse minha história. Não poderia politizá-la. À época não tinha maturidade para saber como atuar. Porém, de fato, minha mãe veio a adoecer e morrer, muito rapidamente, tendo como um dos problemas expostos, uma necrose em seu pé esquerdo.




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Essa história é parte de um processo que envolve macro e micropolítica. Macropolítica, por que entendo parte significativa da minha trajetória como fruto de um movimento de democratização da educação, que ocorreu com a implementação do Programa Universidade para Todos e a política de cotas, gestada pelo Partido dos Trabalhadores no Executivo.


Tenho formação em Comunicação Social, em Ciências Sociais, um mestrado incompleto em Sociologia pela UERJ e analiso essa situação como resquícios desse movimento de democratização da educação que produziu uma aproximação, indesejada por alguns, entre pessoas com posições distintas na estrutura social brasileira, resultando daí não a abertura ao diálogo saudável, mas ódio e violência por parte de uma coalizão fascista de direita e extrema-direita contra quem reivindica igualdade de oportunidades e respeito a todos.


Para que tudo viesse ocorrer de forma eficiente, essa operação foi travestida no show midiático e jurídico chamado de Operação Lava Jato, que não somente assaltou instituições públicas, como cerceou a liberdade de lideranças políticas proeminentes do Partido dos Trabalhadores.


Foi no curso desses acontecimentos que minha mãe veio a adoecer, por artifício dessa política genocida que não dialoga, mas é sádica e extermina.


Na madrugada do dia 30 de junho deste ano 2021, entrei em contato com o Governador do Estado de São Paulo, por meio do Instagram, sobre uma possível solução para o caso do problema de saúde que minha mãe veio a ter por artifício dessa necropolítica. À época, ela passara a sentir dores intensas na região abdominal. No contato, eu tentei triangular o problema e economizar no discurso, tratando-o como violência doméstica, intelectualmente já cansada



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Print de texto enviado para o Governador de São Paulo, em 30 de junho de 2021.




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Print da resposta do Governador, publicada pela manhã.



O governador respondeu de maneira indireta, logo pela manhã. A resposta pode ser compreendida a partir de uma outra chave, disposta em arte que faz parte do dossiê que deixo anexo meu perfi do Instagram, sobre sadomasoquismo.




A arte expressa a prática de sadomasoquismo associada à SP Escola de Teatro e, como pode ser lida na última linha da arte, "Por Comunicãção Grupo CCR - Nova Dutra".


No print anterior, o Governador menciona "o investimento em novas rodovias", o que não tem nenhuma relação, na superfície, com a produção de vacinas, tratando-se de uma comunicação com o que aqui se expressa. Ou seja, na relação entre as duas artes, pode-se perceber com propriedade que não houve interesse em colaborar para a solução desse caso de violência e assassinato que veio a se suceder.


Um vídeo circulou logo depois que entrei em contato com o governador. Ele pode ser consultado no meu perfil do Instagram. O print do vídeo disposto abaixo, indica tratar-se de um problema ideológico, porém sustenta uma posição intermediária entre um lado e outro, como se matar alguém e avisar que matou fosse livrar alguém de sua responsabilidade.


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Durante as visitas da minha mãe aos hospitais públicos do Estado de São Paulo, descobriu-se que, além de pedra na vesícula, teria um câncer maligno no pulmão e também um nódulo no fígado.


Por todos esses meses ela passou por visitas cotidianas aos hospitais, sem conseguir solução para, já identificada em exame, pedra na vesícula. Quanto ao câncer, ela veio passar por uma biópsia no hospital de base de São José do Rio Preto, no último dia 25 de agosto.

Recebemos uma ligação do hospital dias depois, na qual o funcionário procrastinou a data em que seria realizado o o exame, em virtude da máquina ter de passar por "manutenção".


Um dia antes do exame ser realizado, a cidade de Ribeirão Preto, recebeu a visita do Ministro da Saúde, que foi recebido com protestos, conforme reportagem em jornal da cidade.


Um dia depois de passar pelo exame, minha mãe estava com o corpo totalmente dolorido, quase sem poder andar. Problema que se estende até sua morte. A cada visita ao hospital, sua condição piorava notoriamente.




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Na fotografia da marca do exame deixada pelo médico, há uma cruz desenhada.




Como já pontuei em outro texto, no artigo 196 da nossa Constituição, podemos encontrar o seguinte dispositivo normativo: "A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação". O artigo é reforçado pelos princípios orientadores do nosso Sistema Único de Saúde, Universalidade, Equidade e Integralidade.


É completamente inconstitucional e criminoso agravar a situação física de qualquer pessoa, independente de quem seja.


Dia 21 de Setembro recebemos o resultado da biopsia que minha mãe havia realizado, o que, em partes, nos deixou aliviada naquele momento: o resultado para o câncer deu negativo. O resultado era corroborado pelo fato de minha mãe ainda não ter apresentado, naqiele momento, sintomas de que teria câncer no pulmão. Porém, contraria uma das artes dispostas acima, que indicava que ela não apenas teria câncer de pulmão, como este havia sido ocasionado, de forma engenhosa, pela extrema-direita no poder.



Em 12 de novembro de 2021, minha mãe encontrava-se internada em hospital de base do Estado de São Paulo há 3 dias, com a saúde bastante debilitada. De fato, o resultado médico que havia negado seu câncer havia sido mais uma manobra do fascismo em curso. Uma dia antes, ela também foi diagnosticada com anemia, de modo que a passou a sentir dores intensas por todo seu corpo.




Na arte abaixo, referente a um dos hospitais visitados, há um senhor em uma cadeira de rodas, um palhaço com uma criança à frente com shorts cor de rosa e uma grávida, com um coração desenhado em sua barriga descoberta. Elementos esses que dão sustentação imagética e simbólica ao fascismo em curso, tam ness i


Embora as lideranças políticas, João Dória e Bolsonaro, tentem se desvencilhar da política fascista que endossam, com artes em duplicidade, essa duplicidade tem função de aterrorizar as pessoas, comprometendo a prática cidadã, bem como lavar suas mãos dos crimes que cometem, do sangue que tiram de nossa militância progressista, amigos e familiares.


As duas artes, abaixo, arrematam a situação. Essa primeira arte, abaixo, representando misoginia, circulou à época do golpe de 2016. A arte do livro sobre o fascismo, publicado pela Fundação Perseu Abramo, indica a duplicidade desse "Rosa", convocando a duplicidade que, como mencionei acima, não faz mais que corroborar com o fascismo em curso, colaborando em mantê-lo sob o artifício de uma suposta "amenidade" de suas práticas.


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Minha mãe veio a falecer em hospital público da cidade de Cardoso, no dia 13 de novembro de 2021, perto das 13 horas, de repente.


Em quase seis meses, desse segundo semestre de 2021, de visitas em hospitais públicos do Estado de São Paulo, principalmente o hospital de base de São José do Rio Preto, sua pedra na vesícula transformou-se em necrose no pé esquerdo, anemia, fraqueza para segurar objetos com as mãos, dependência de aparelhos para respirar, e complicações para andar.


Tudo por artifício dessa política genocida, operada pelo governo estadual, administrado por João Dória do PSDB, e governo Bolsonaro.


No quarto hospitalar em que faleceu, havia um pedaço de papel higiênico no chão. Ela passou algumas horas respirando oxigênio de um tubo verde, o qual também não era confiável, como demonstra a última imagem que correu no meu feed do Facebook, alguns dias depois.




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Essa foto também indica que essa política genocida trama para ferir uma das minhas pernas, conforme imagem de garota vestida de cor de rosa.


Desde 2014, minha mãe passou a sofrer as dores de ver sua única filha sendo mantida sob tortura sob essa ascensão do fascismo, na esteira do golpe de 2014. O que passou a ocorrer depois de todo os esforços que havia efeito para complementar minha manutenção financeira nos anos que me dedicava integralmente aos estudos.


Até o começo do ano de 2021, era super ativa e trabalhava muito. Em seis meses, essa gestão fascista da dupla Bolsonaro e Dória, orquestrada com apoio médico de hospitais do Estado de São Paulo, acabou com a sua vida.


No penúltimo dia que passei com ela, havia voltado do hospital em decorrência de ter passado muito mal, justamente no momento em que eu publicava, nas redes, o seguinte projeto: ttps://www.radarfeminista.com.br/post/projeto-de-app-delibera-p%C3%B3lis-digital-promovido-pelo-pt-tem-grande-ades%C3%A3o-da-sociedade-organizada


Depois disso, ela voltou para casa respirando com a ajuda de um aparelho. Não tinha sono constante. Dormia um pouco e, de vez em quando, despertava assustada, como quem estivesse levando choque. Também não falava mais com muita clareza, embora estivesse consciente.


A máquina que a auxiliava a respirar, naquele momento que estava em casa, foi programada para emitir um som que imitava a respiração de um homem durante o sexo, completando o sadismo da situação.


É esse terror e sofrimento que a aliança/ conivência de camadas da burguesia, junto ao imperialismo, tem comprado, desviando a ética do que deveria ser a gestão pública. Para satisfazer seus anseios na reprodução da opressão socioeconômica e simbólica, perpetuam esse autoritarismo sádico e cruel mascarado de linguagem, como se o diálogo a partir do discurso fosse impossível.


Neste outro texto, trato de outra parte importante desta história: https://www.radarfeminista.com.br/post/para-que-serve-a-escola-p%C3%BAblica-experi%C3%AAncias-de-racismo-e-misoginia-no-contexto-do-golpe-de-2016



Mais publicações sobre essa situação podem ser encontradas no meu perfil do Instagram: @radar_feminista.

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